Mídia

Jornalismo por telefone?

Estou ficando cansado da frase: “A redação tentou contato com Fulano, mas ele não atendeu as ligações”. Senhores repórteres, por favor: larguem um pouco o telefone e a internet, tirem a bunda da cadeira e vão até a fonte! Especialmente nos casos em que o local de trabalho ou residência da fonte é conhecido. E, às vezes, fica a algumas quadras do veículo de comunicação… É muito cômodo dizer que

Jornalista precisa "ouvir a outra parte"!

Todo e qualquer jornalista com um mínimo de formação sabe que é preceito básico, fundamental, no jornalismo “ouvir a outra parte”. Não se faz uma matéria jornalística sem ouvir todas as partes envolvidas, certo? Pois bem, para meu espanto, tenho visto páginas inteiras na Gazeta do Povo, principal jornal do Paraná, em que a outra parte não é ouvida… No dia 1º de outubro, a Gazeta publicou reportagem de página inteira

O direito à liberdade de expressão tem limites.

NOÇÃO BÁSICA DE DIREITO, para quem nunca a teve ou se esqueceu: o direito à liberdade de expressão (como, de regra, acontece com todo direito) não é absoluto! Ele tem limites estabelecidos no nosso ordenamento jurídico. Calúnia, difamação e injúria são crimes assim tipificados na legislação. A facilidade de expressão pública pelos meios atuais (blogs, redes sociais) não isenta o cidadão de cumprir a lei. Quem calunia, difama ou injuria

LIÇÃO BÁSICA DE JORNALISMO

Senhores jornalistas, atenção e muito cuidado para não cometerem um erro grave, mas, infelizmente, comum: assumir a fala da fonte como verdade e transformar o discurso da fonte no discurso do veículo. Um exemplo pode ser visto no título de uma matéria na Gazeta do Povo de hoje: “Mano ignora sombra de Scolari” (Esportiva, p. 4). Na verdade, Mano diz que ignora. Mas será que o jornal deve assumir isso

Qual a utilidade dos “Ramalhetes”? Tomás Barreiros O professor de filosofia Carlos Ramalhete publicou no dia 30/08 em sua coluna no jornal Gazeta do Povo (principal diário impresso do Paraná) artigo intitulado “Perversão da adoção”, no qual critica duramente a possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais. O texto causou polêmica e provocou reações justamente indignadas contra suas posições extremadamente conservadoras e “reacionárias” (entre aspas, para indicar que se

Sociedade midiática

Curiosa a nota publicada na Gazeta quando o Assange discursou na sacada da embaixada do Equador: “Cerca de 50 simpatizantes de Assange ouviram seu discurso debaixo da embaixada do Equador, número equivalente ao de policiais que monitoravam a situação, enquanto 300 jornalistas acompanharam o pronunciamento.” Na sociedade midiática, o importante não é quanta gente vê, mas quantos jornalistas transmitem. Muito mais importante, aliás! Vejam-se, por exemplo, as manifestações da Peta

Decisão correta do STJ sobre a "Lei Seca"

Coisa que me irrita: jornal tomando partido em assunto de que não entende. Ridículas as críticas ao STJ pela decisão sobre a “Lei Seca”. Ainda bem que nossos tribunais nos protegem do arbítrio! O STJ, felizmente, foi fiel ao que diz a lei. Os idiotas que legislam é que deveriam fazê-lo com mais cuidado, em vez de criarem leis burras e cheias de falhas. O caminho institucional é a correção

Dupla "cidadania"?

OK, não é tão simples assim… Mas bem que a Gazeta do Povo podia ter evitado confundir “nacionalidade” com “cidadania” na reportagem de hoje (“Tirar dupla cidadania exige pesquisa e muita paciência” – Vida e Cidadania, p. 12). São conceitos diferentes.

Mais uma da Gazeta de hoje...

Mais uma curiosidade da Gazeta do Povo de hoje, 27/03. Quando um editor recebe um texto, como o jornal só sairá publicado no dia seguinte, ele precisa atualizar o tempo mencionado. Se o texto diz “hoje”, ele alterará para “ontem” (já que o jornal só sairá no dia seguinte – jornal impresso é sempre velho, notícia do dia anterior). Acontece que, com a atual velocidade das notícias, algumas duram poucas

Errinhos no jornal...

Depois de criar “São Verde” (quando o Paraná Clube foi jogar contra o Luverdense, pela Copa do Brasil, em Lucas do Rio Verde, matéria falava em “Lucas de São Verde”), a Gazeta do Povo hoje inventou um novo gentílico, talvez influenciada por outro santo (São Cipriano): texto na p. 4 do caderno de esportes de hoje, 27/03, chama o Apoel, time do Chipre, de “time cipriano” em vez de cipriota…