Tomás Barreiros

Potencial construtivo: licença para piorar a cidade?

A realização da Copa do Mundo no Brasil, a princípio, parecia ser uma dádiva para o país, – não apenas, nem principalmente, pela promoção do evento em si e por seus aspectos esportivos, mas sobretudo pelo “legado” (palavra tão repetida) que a Copa deixaria, em forma de obras perenes para o bem de toda a população e não apenas dos amantes do futebol. Entretanto, até agora, pelo menos, não tem

Lições de Jornalismo

Para não perder o hábito, vamos lá: lições a partir da Gazeta do Povo (esportiva) de domingo (20/01). 1) “Cenário que para os paranistas endossa o status de um dos ‘times a ser batido’.” Bem, aí está mais um erro de concordância verbal. O verbo precisa concordar com o sujeito, regra básica da nossa língua no nível formal. Então, o correto é: “um dos times a serem batidos”. 2) “Após

Amor x razão...

Por que às vezes o amor parece tão irracional? Simples: a razão é limitada, mas não a paixão. Há muitas coisas que os limites da nossa inteligência não conseguem abarcar. O amor, entretanto, não tem limites. Por isso, transcende a razão. Não há quem não tenha conhecido um ato de amor irracional. Da mãe que se imola para proteger o filho. Do pai que faz loucuras pela prole. Do coração

Na Gazeta do Povo (esportiva) de hoje...

CUIDADO COM AS METÁFORAS… É preciso ter cuidado para utilizar metáforas no texto. Podem sair coisas muito engraçadas. Como esta: “… o Tricolor quebrou esse indigesto jejum…” Dei muita risada ao ler! Um “jejum indigesto”? Só rindo mesmo! Outra: “O pênalti muito mal batido […] coroou uma tarde em que nada deu certo para o atacante.” Quem quer essa coroa do reino da desgraça? Rsrsrsrsrsrs…. DE NOVO, A CONCORDÂNCIA VERBAL

Afonso Pena: aeroporto "internacional"?

Êta, província… Olha só o título de extensa matéria da Gazeta do Povo de ontem, sexta-feira: “Na contramão do país, Afonso Pena tem queda de passageiros”. Nosso glorioso Aeroporto Internacional Afonso Pena (que título pomposo!), em vez de crescer, diminui… As reforminhas (insuficientes) previstas para a Copa vão a passo de tartaruga – e ainda não incluem a imprescindível terceira pista. Sabe quantos voos internacionais diretos tem o Afonso Pena?

A sutil opinião...

A coluna “Notas Políticas” da Gazeta, cuja responsável é Caroline Olinda, mas que está sendo feita interinamente pelo ótimoRogerio Galindo, publicou na sexta-feira a seguinte nota: O ministro do STF Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) pela “dedicação, independência e imparcialidade” que teria demonstrado na corte. Lewandowski é professor titular da faculdade e teve sua atuação no STF em

As dívidas da Prefeitura de Curitiba e o "argumento" de Ducci

Nosso querido ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, pelo visto, gosta de uma piadinha, né? Gustavo Fruet noticiou que assumiu a prefeitura com R$ 330 milhões de dívidas. A cada pedaço da dívida que é divulgado, como aconteceu com a coleta de lixo (pagamento atrasado há seis meses!), Ducci responde: “Bastam 15 dias de arrecadação para cobrir essa dívida”. Tá bom. Então, é só o Fruet cruzar os braços e ficar

Emprego do "e" em enumerações

Lição de redação de hoje, a partir de uma frase da Gazeta do Povo: “Para evitar o colapso, ainda no ano passado, as empresas começaram a reduzir a oferta de assentos, rotas e a demitir funcionários.” Percebem o erro? Tenho visto esse problema em muitos textos. Não há razão para “economizar” o “e” quando ele se faz necessário. São enumerações diferentes – ambas exigem o “e”. Dissecando… Primeira enumeração: …começaram

Declaração infeliz...

Uma incrível declaração de Leopoldo Jorge Alves Neto, um dos líderes da juventude do PT que participou do já célebre jantar (frango com polenta) para arrecadação de dinheiro destinado a pagar as multas dos condenados no processo do Mensalão: “O projeto do partido é que foi julgado. Então a gente achou importante ajudar os companheiros.” É mesmo, senhor Alves Neto? Então, os ministros do STF não julgaram crimes de corrupção,

VIOLÊNCIA E VINGANÇA, A ESTUPIDEZ...

Dia desses, vi na TV o filme “O Reino”. Sinopse: uma colônia de trabalhadores americanos na Arábia Saudita sofre um ataque terrorista que mata 100 pessoas, entre elas um agente do FBI. Uma equipe de agentes especiais vai dos EUA até lá para investigar. Descobrem o líder terrorista idealizador do atentado, encontram-no e o matam. Nada de excepcional. Entretanto, o final do filme chama a atenção e faz com que