Tomás Barreiros

Mundo Novo

Por que não pensar agora Num mundo todinho novo Novinho, novinho em folha Como pinto que sai do ovo Cheio de gente pelada Andando por onde quiser Criando suas muitas fadas Comendo sem ter colher Rolando os sonhos na areia Conversando com as sereias Pescando seus sóis no mar Sem precisar de anzóis Afogando as mágoas nas águas De todos seus rios bravios Enchendo-se de todo brio Para nunca mais

Midiazinha sem-vergonha...

Vejam só a capa da Folha de S. Paulo de hoje, 28/11. A manchete é: “Índia ataca terroristas e solta reféns”, com grande destaque, subtítulo e foto. Na metade de baixo da página, um texto sobre as enchentes em Santa Catarina: “SC não tem mapeamento de áreas de risco”. Será que o caso da Índia é mais importante que a situação em SC? Qualquer jornalista decentemente formado sabe da importância

Mais

Gazeta do Povo de domingo, 16/11: “Aumento da pena em um terço se a pessoa estiver no exercício de cargo ou função pública, tiver relações domésticas ou ter parentesco até o terceiro grau com a vítima.” “Em seguida, decidiu que o estado não teria competência para autorizar a oferta de um programa na modalidade semi-presencial, invalidando os diplomas, o que deu origem à toda a polêmica.”

Erros

1) “Marta é barrada em obra, e chora” 2) “ASSESSÓRIOS” 3) “Tributo à Alice Yamamura” 4) “Em todos os pedidos o TJ cassou a determinação da Justiça, concedendo o habeas corpus à concessionária de telefonia” Todos os trechos acima foram extraídos do jornal Gazeta do Povo. Que tal?

A morte do cujo

O cujo está morrendo. Para os apreciadores da Língua Portuguesa, um motivo de tristeza. Está caminhando gradativamente rumo à extinção o uso dessa palavrinha cuja aplicação é tão útil e específica. Todo mundo já deve ter lido ou ouvido frases mais ou menos assim: “… uma pessoa de quem ela não sabia o nome…” no lugar de “… uma pessoa cujo nome ela não sabia …”. No dia-a-dia da mídia,

Rádio ao vivo

De todas as muitas coisas que fiz como jornalista (trabalhei em jornais diários e emissoras de televisão, criei veículos impressos, fiz assessoria de comunicação e atuei em rádio), o que mais me deu prazer até hoje foi aventurar-me no rádio. Tive a alegria de trabalhar na gloriosa Rádio Clube Paranaense (mais antiga rádio brasileira em funcionamento), produzindo, criando e apresentando programas informativos. Fazer rádio ao vivo é uma delícia. Permite

Como afundar um time

A triste situação do Atlético Paranaense se deve a uma série de erros. Nada melhor que analisar os erros passados para não os cometer de novo… Vamos à lista: 1) Dispensar Ney Franco. Este foi o primeiríssimo erro: demitir um ótimo técnico, honesto, franco (sem trocadilho) e de bom caráter. Se ele tivesse ficado, a situação do time não estaria tão ruim. 2) Não segurar bons jogadores. A diretoria alega

Ditadura instalada

Embora a notícia já seja da semana passada, não resisto a comentar, ainda que de passagem, o texto “Carta aberta aos defensores de democracia brasileira“, assinado por Daniela Bueno e publicado na Gazeta do Povo de 17/09/2008. A autora conta que seu perfil e todos os comentários por ela postados no Orkut foram excluídos do site de relacionamento por ordem da Justiça Eleitoral, sob o pretexto de ela estar fazendo

Ditadura à vista?

Responda rápido: você gostaria de viver num país cujo governo seguisse uma linda religiosa fundamentalista? Responda mais rápido ainda: o que você faria se isso acontecesse no Brasil? Pois é. Informações publicadas recentemente na imprensa dão conta de que Edir Macedo, o milionário todo-poderoso da Igreja Universal do Reino de Deus, lançou um livro intitulado “Plano de Poder”, no qual estimularia os fiéis da igreja a participarem da política. O

"Bric-a-braque"

A sigla Bric indica um grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia e China – nações emergentes de grande extensão territorial, populosas e com grande potencial econômico. Pois a Gazeta do Povo (Curitiba-PR) publicou um texto (créditado à Agência Estado) com o título “Brics querem influir em políticas globais“. Huuummm…. Não existe “Brics”. Ou se diz “Bric querem…”, concordando o verbo com os nomes dos países abreviados, ou, melhor