VIDA DE PROFESSOR

Fiz muita coisa difícil na vida, profissionalmente falando. Mas nada é mais difícil do que ser professor. Exige conhecimento, capacidade de transmitir esse conhecimento, habilidade no trato com os alunos, sensibilidade para perceber as necessidades deles e muitas outras coisas. E os professores de bacharelados, na quase totalidade dos casos, não são preparados para dar aulas – fazem-no repetindo velhos modelos, na base da tentativa e erro.

Depois de alguns anos trabalhando como professor e batendo a cabeça na parede, comecei a buscar formação específica, o que me ajudou muito. Passei a sentir pena dos pobres alunos que foram minhas “cobaias” nos meus primeiros anos. Entendi como eu vinha sendo um professor cheio de falhas. Acho que consegui melhorar, mas é uma luta constante. O professor que estaciona apodrece.

Nas agruras da profissão, guardo com especial carinho algumas coisas que me serviram de consolo e incentivo. Lembro-me sempre de duas dedicatórias em TCCs que, para mim, já justificaram toda minha carreira. Uma delas: “Ao professor Tomás, que me deu o gosto pelo Jornalismo”. Outra: “Ao professor Tomás, que me acordou quando eu estava dormindo.” Elas me emocionam. E se a tentação do desânimo tenta se aproximar, posso espantá-la lendo um texto que uma diletíssima aluna publicou em seu blog. São coisas como essas que me fazem acreditar que a vida de professor vale a pena!

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