Coisas que dão nojo

Há coisas que dão nojo neste país…

A corrupção, que, aliás, grassa em todo lugar, é uma delas. Viram a denúncia do CQC sobre o metrô de Salvador? Gastos de 500 milhões de reais para a construção de 6 km (!!!) de linhas de metrô com problemas técnicos e sem previsão de funcionamento, numa obra que se arrasta por mais de dez anos…

Outra é a mídia sensacionalista. Senti vontade de vomitar ao ler a capa da Veja: “Condenados! Agora, Isabela pode descansar em paz”. Será possível???!!! Chamam “isso” de jornalismo? Qualquer jornalista com mínimas noções do que seja jornalismo deve ter vontade de cuspir num título desses.

Outra coisa de dar ânsia é a reação pública em torno do julgamento dos Nardoni. E o promotor que vai à missa pela vítima – atitude absolutamente inapropriada, de gente sem noção de ética profissional (aliás, o dito cujo deu declarações na TV que afrontam as normas éticas do seu cargo, criticando e tentando ridicularizar o advogado de defesa). E o público que aplaude o promotor na missa e vaia o advogado de defesa na entrada do tribunal. Atitudes patéticas.

Como, aliás, foi patética a fundamentação da sentença condenatória redigida pelo juiz (ainda que a condenação tenha sido justa, como tudo parece indicar). Outra peça de gente sem noção. Acho que os holofotes da mídia torraram alguns neurônios do pobre magistrado, que pelo visto ficou deslumbrado.

Enfim, que triste país este…

3 Comentários


  1. Bom é ter pessoas como você, que vêem (agora "veem")essas aberrações, frutos de cabeças ocas ou fracas. Ruim é constatar que pessoas como você são poucas, por isso o ridículo faz mais sucesso.

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  2. E também revistas com páginas sobre a vida do promotor…São os "heróis" do povo brasileiro.
    Pior de tudo é o jornalista que pergunta a uma pessoa que está desesperada após perder toda a família após o desabamento do morro sobre sua casa: "como está se sentindo?". Esta é clássica e eles não aprendem. Ah se eles me fazem uma pergunta destas!
    Noara

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  3. Pois é, a perguntinha ridícula que sempre é repetida. Dá vontade de responder: "Tô sentindo raiva de jornalista que faz esse tipo de pergunta!"

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