Meu longo período de silêncio blogueiro se deve a mais uma viagem, desta vez ao Paraguai, de onde escrevo. Paraguai que já foi potência. Um país que tinha tudo para dar certo, mas que emperrou (depois da guerra que lhe deixou uma população reduzidíssima) em décadas de corrupção e desgovernos. País vítima do nosso preconceito – quem nunca ouvi (ou mesmo usou) expressões como “cavalo paraguaio”, “produto paraguaio” e outras?
Ciudad del Este é um resumo do país. Tenho passeado por um bairro onde se vêem belas mansões cercadas por altos muros com cercas elétricas. Faz-me lembrar uma frase lapidar de Confúcio: “Num país rico, a pobreza é uma vergonha; num país pobre, a riqueza é uma vergonha.”
A cidade é suja, faltam calçadas, a coleta de lixo é precária. O comércio legal e o ilegal vivem lado a lado, como a pobreza e a riqueza. Vi uma menina na rua, mendiga, de uns 14 anos, bonita. Chamava atenção – mais ainda por estar grávida. Triste.
Será que não há um país bem parecido do outro lado da Ponte da Amizade?
Ando pessimista. Não acredito na humanidade. O ser humano é péssimo. Nossa espécie não tem futuro.
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Não desanime! Algo pode ser feito. Tenha como exemplos o prefeito Giuliani em Nova Iorque e o presidente Uribe na Colômbia. É só os nossos mandatários agirem. Pode ser que nós não vejamos as mudanças, mas quem sabe as gerações futuras as vejam.
Noara