Quando amo uma pessoa, não a amo por achá-la perfeita. Nem porque ela é agradável para mim ou porque gosta das mesmas coisas que eu, ou por se parecer comigo ou pensar igual a mim. Amo porque acho amável. Amo porque acredito que ela merece meu amor. E merece quer goste de mim ou não, aprecie as mesmas coisas que eu ou não, se pareça comigo ou não. É até possível que eu ame mais ainda quanto mais diferente for de mim, porque assim poderei admirar nela aquilo que não tenho, valorizar nela o que não sou e que a faz ser como é, diferente de mim. Se a pessoa tem bom caráter, se tem qualidades apreciáveis, será digna de meu amor, independentemente do que pense de mim. Meu amor não impõe condições relacionadas a vantagens ou benefícios que a pessoa amada me possa trazer. A única condição é que a pessoa seja digna e merecedora do meu amor. Também há na minha história quem terá sempre meu amor, por mais que um de nós mude, porque a história não se apaga, o passado não se transforma, e o papel importante que alguém teve na minha vida nunca será extinto ou esquecido.
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