Por outro lado, e um tanto contraditoriamente, a obra (uma coletânea de reportagens, a maior parte premiadas, todas sobre tragédias humanas) pode dar alento e trazer um certo otimismo na consideração de que há gente capaz de olhar essa triste realidade e denunciá-la – o que já pode ser um começo de mudança. No mínimo, certamente várias dessas reportagens mudaram as vidas de seus personagens. Se não podemos devolver ao oceano – como naquela conhecida historieta – todas as estrelas do mar que secam na praia sob o sol forte, poderemos fazer toda a diferença para aquelas poucas que conseguirmos lançar ao mar.
O livro é um tapa na cara dos indiferentes, um soco na nossa indiferença. A própria capa – tão terrivelmente chocante e creio que por isso mesmo escolhida pelo próprio Mauri – é uma bofetada na indiferença. Faço votos de que o livro seja muito lido e sirva para combater o tão difundido crime da indiferença.
Narrativas de um correspondente de rua
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Oi Tomás, tudo bem? Fiquei muito interessada no livro, valeu a dica. E aproveitando, parabéns pelo blog, que é muito interessante.
Um abraço,
Vanessa
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Olá! Há quanto tempo! Obrigado pelo comentário!
Forte abraço,
Tomás.
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Realmente um ótimo livro que deve ser lido e pensado. Como pode, em pleno século XXI, ocorrer ainda os fatos narrados pelo autor?
Noara