“Pontos corridos”

Está novamente em discussão se o Campeonato Brasileiro de Futebol deve continuar a ser disputado no sistema de “pontos corridos”, em dois turnos, ou se deveria voltar a ter uma fase classificatória para uma segunda fase, com disputa eliminatória. Para mim, parece claro que o sistema atual é muito melhor. Os adversários dos “pontos corridos” alegam sobretudo uma suposta “falta de emoção”, pela possível definição antecipada do campeão. A realidade

A “paradinha” na cobrança de pênaltis

O presidente da Fifa fala em proibir a “paradinha” na cobrança de pênaltis. Ideia ridícula e sem qualquer base lógica. Se o jogador não pode usar a “paradinha”, então, por que ao cobrar falta fora da área o time pode usar de artimanhas como as jogadas ensaiadas em que um jogador finge cobrar, salta a bola, e outro chuta? É exatamente a mesma situação: uma simulação com o objetivo de

“Jornalismo” (?) esportivo

Tenho uma opinião particular sobre o jornalismo esportivo feito hoje no Brasil: é muito pouco de jornalismo e quase tudo de entretenimento. Jornalismo é novidade – máxima que parece não valer no “jornalismo” esportivo. Em Curitiba, o programa esportivo de maior audiência no rádio apresenta-se como jornalístico, mas é muito mais um humorístico. No time que faz o programa já apareceu de tudo: um office-boy, um mendigo, um ET, um

Como afundar um time

A triste situação do Atlético Paranaense se deve a uma série de erros. Nada melhor que analisar os erros passados para não os cometer de novo… Vamos à lista: 1) Dispensar Ney Franco. Este foi o primeiríssimo erro: demitir um ótimo técnico, honesto, franco (sem trocadilho) e de bom caráter. Se ele tivesse ficado, a situação do time não estaria tão ruim. 2) Não segurar bons jogadores. A diretoria alega

Por que gostamos tanto de futebol?

Sempre me pergunto por que gostamos tanto de futebol. Eu mesmo, grande apreciador desse incomparável esporte, não consigo entender meu próprio gosto. Tento forçar a memória para me lembrar como me surgiu este apego tão inexplicável. Vejo-me com 14 anos em Cambará, no interior do Paraná, minha cidade natal. Quando nasci, Cambará vivia as últimas glórias (moderadas, é verdade…) do CAC – Cambará Atlético Clube, campeão do Norte Paranaense em

Rescaldo olímpico

Algumas considerações a propósito das Olimpíadas… 1) O desempenho do Brasil na Olimpíada de Pequim, conforme esperado, foi pífio, ridículo. O Brasil está entre os dez maiores países do mundo em termos econômicos, territoriais e de população. Seria de se esperar, portanto, que estivesse entre os dez maiores medalhistas olímpicos. Mas fica longe, muito longe disso. 2) As Olimpíadas são, muito mais que qualquer coisa, um evento político-comercial a anos-luz

Fórmula "mágica"

Em entrevista coletiva após a derrota do Atlético Paranaense para o Botafogo (3×0), o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mário Celso Petraglia, disse que não tinha a “fórmula mágica” para fazer o time ganhar – e pediu a quem a conhecesse que lha informasse. Pois bem, sr. presidente: a fórmula não é “mágica”, e eu a conheço! Vou “revelá-la”. Para um time ser vencedor, são necessárias algumas coisas… São

Como fazer um clube vencedor

O campeonato paranaense já ficou para trás faz tempo. Mas creio que ainda é oportuno colher lições do desempenho do Atlético Paranaense na competição. Algumas considerações… 1) A diretoria do CAP não aceitou a cota de R$ 1 milhão oferecida pela TV. O que ganhou com isso? A antipatia do torcedor, que não pôde acompanhar pela televisão os jogos do time que quebrou o recorde de vitórias no campeonato. Além

Rubens Barrichello: um vencedor

Tem gente que tem mania de criticar o piloto Rubens Barrichello, o Rubinho. Mania ridícula. Rubinho é um dos melhores pilotos do mundo. Já foi vice-campeão de Fórmula 1, é o recordista em número de grandes-prêmios disputados. Merece respeito. Ninguém sobrevive tanto tempo num ambiente extremamente competitivo se não for competente. Quem acha que ele não merece elogios, pergunte a si mesmo: “Sou um dos 20 melhores do mundo na

Um só Furacão...

Igualado o recorde de 11 jogos vencidos no início do Campeonato Paranaense, ainda vai ter gente querendo comparar os “dois” times do Furacão, nessa polêmica sem sentido. Para começar, uma instituição é única ao longo de sua história. Não há dois Atléticos, nem dois Furacões. O Clube Atlético Paranaense, o Furacão da Baixada, é um só. Dirigentes, jogadores, funcionários e torcedores vêm e vão, mas o Atlético continua sendo ele