“Dossiê  Battisti”: o erro fatal

A Gazeta do Povo encerrou a série de reportagens do “Dossiê Battisti” escritas na Itália. E na edição de 23 de janeiro ficam desvelados os erros da publicação no ponto de partida. O texto “A ‘culpa’ dos franceses” indica o que está na cabeça da repórter: existe um “lado certo” e um “lado errado”, e Battisti está do lado errado. Quem define qual o lado “certo” e qual o “errado”?

Tudo é novidade?

Nas escolas de Jornalismo, os estudantes aprendem que uma matéria ou reportagem precisa ter um “gancho”. No jargão jornalístico, “gancho” é aquilo que justifica a publicação de uma matéria, a oportunidade de publicá-la. Fala-se em “gancho” no jornalismo diário. Qual o sentido, por exemplo, de se publicar num diário uma matéria sobre a história da cerveja? Pode ser uma matéria interessante, bem escrita, mas para o leitor de um jornal

Jornalistas precisam escrever corretamente

Não sou um “purista” da língua, nem um “caçador de erros”. Mas acredito que os jornalistas precisam, por dever de ofício, conhecer bem as regras do português formal. E escrever dentro dessas regras, o que indica domínio do idioma pátrio, qualidade essencial para um bom jornalista. Por isso, não me agrada encontrar “erros” nas matérias jornalísticas, especialmente aqueles que se repetem e os que indicam o empobrecimento da língua. Já

Jornal endossa intenção da Prefeitura como fato

De novo, a Gazeta do Povo apresentou um título em que a intenção dos governantes é tomada como fato. Foi ontem, na matéria: “Em Curitiba, ocupações cairão 86% em 5 anos”. O título é palavra do jornal e afirma taxativamente que as ocupações cairão drástica e rapidamente. O texto da matéria, entretanto, informa: “Em cinco anos, o número de pessoas vivendo em áreas de risco em Curitiba deverá ter uma

Charge de Benett

Em que pesem minhas críticas (sempre construtivas) à Gazeta do Povo, repito que a considero um ótimo jornal. É o que leio diariamente, com assinatura paga, tendo o prazer de encontrar matérias excelentes (muitas delas, para meu orgulho, de ex-alunos). Uma das coisas de que mais gosto na Gazeta é o espetacular time de cartunistas, que está sem dúvida entre os melhores do Brasil, com destaque para Tiago Recchia e

Anida o “Dossiê Battisti” na Gazeta do Povo

Ontem (terça-feira, 18/01), a Gazeta do Povo deu continuidade à série de reportagens que intituou “Dossiê Battisti”. Continuou na mesma linha: uma matéria de página inteira tendo como fontes principais parentes de supostas vítimas de Battisti, reforçada por um editorial que não deixa margem de dúvida quanto à posição prévia do jornal contra Battisti. O título da matéria já indica que o jornal tomo como fato comprovado que Battisti matou

Crítica de mídia

Minhas críticas à edição de hoje da Gazeta do Povo serão voltadas mais ao conteúdo do que à forma. Antes, devo louvar a atitude do principal jornal paranaense de enviar jornalistas a locais distantes para fazer coberturas especiais, como é o caso do Haiti (para onde foi a repórter Helena Carnieri), da região serrana do Rio de Janeiro afetada pelas chuvas (Bruna Maestri Walter e Daniel Castellano – este, fotógrafo)

Mais da Gazeta...

Já que sou mesmo um “chato”, para não perder o hábito, vou fazer mais críticas a um texto da Gazeta do Povo. Desta vez é a matéria “Tricolor versão 2011 convence em amistoso”, publicada no Caderno de Esportes de 13 de janeiro de 2011. Trata da vitória do Paraná (2×0) contra o Cerro Porteño em amistoso disputado em Curitiba. Primeiro trecho: “Após o segundo gol, a partida esfriou e ficou

“Bombas” cinematográficas

Na semana passada, fui traído por duas “bombas” cinematográficas. Na TV a cabo, assisti ao filme “Os esquecidos”, atraído pela sinopse (mãe acredita que teve um filho que morreu aos nove anos, mas seu marido e seu analista dizem que foi tudo imaginação dela) e pelo bom elenco (Juliane Moore era a protagonista). Um filme horroroso! Vai muito bem até que se descobre a razão do sumiço do filho: abdução

Coisa de inexperiência...

Não consigo resistir a comentar um texto publicado na capa do Caderno G da Gazeta do Povo de terça-feira, 11 de janeiro de 2011, sob o título “Coisa de filme”. Trata-se de um texto curto sobre a única sala de cinema de Paranaguá, recentemente reinaugurada – a sala havia sido destruída por um incêndio no ano passado. O texto está cheio de informações absolutamente irrelevantes ou óbvias. Vejamos alguns trechos…