Midiazinha sem-vergonha...

Vejam só a capa da Folha de S. Paulo de hoje, 28/11. A manchete é: “Índia ataca terroristas e solta reféns”, com grande destaque, subtítulo e foto. Na metade de baixo da página, um texto sobre as enchentes em Santa Catarina: “SC não tem mapeamento de áreas de risco”. Será que o caso da Índia é mais importante que a situação em SC? Qualquer jornalista decentemente formado sabe da importância

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Gazeta do Povo de domingo, 16/11: “Aumento da pena em um terço se a pessoa estiver no exercício de cargo ou função pública, tiver relações domésticas ou ter parentesco até o terceiro grau com a vítima.” “Em seguida, decidiu que o estado não teria competência para autorizar a oferta de um programa na modalidade semi-presencial, invalidando os diplomas, o que deu origem à toda a polêmica.”

Erros

1) “Marta é barrada em obra, e chora” 2) “ASSESSÓRIOS” 3) “Tributo à Alice Yamamura” 4) “Em todos os pedidos o TJ cassou a determinação da Justiça, concedendo o habeas corpus à concessionária de telefonia” Todos os trechos acima foram extraídos do jornal Gazeta do Povo. Que tal?

A morte do cujo

O cujo está morrendo. Para os apreciadores da Língua Portuguesa, um motivo de tristeza. Está caminhando gradativamente rumo à extinção o uso dessa palavrinha cuja aplicação é tão útil e específica. Todo mundo já deve ter lido ou ouvido frases mais ou menos assim: “… uma pessoa de quem ela não sabia o nome…” no lugar de “… uma pessoa cujo nome ela não sabia …”. No dia-a-dia da mídia,

Rádio ao vivo

De todas as muitas coisas que fiz como jornalista (trabalhei em jornais diários e emissoras de televisão, criei veículos impressos, fiz assessoria de comunicação e atuei em rádio), o que mais me deu prazer até hoje foi aventurar-me no rádio. Tive a alegria de trabalhar na gloriosa Rádio Clube Paranaense (mais antiga rádio brasileira em funcionamento), produzindo, criando e apresentando programas informativos. Fazer rádio ao vivo é uma delícia. Permite

Como afundar um time

A triste situação do Atlético Paranaense se deve a uma série de erros. Nada melhor que analisar os erros passados para não os cometer de novo… Vamos à lista: 1) Dispensar Ney Franco. Este foi o primeiríssimo erro: demitir um ótimo técnico, honesto, franco (sem trocadilho) e de bom caráter. Se ele tivesse ficado, a situação do time não estaria tão ruim. 2) Não segurar bons jogadores. A diretoria alega

Ditadura instalada

Embora a notícia já seja da semana passada, não resisto a comentar, ainda que de passagem, o texto “Carta aberta aos defensores de democracia brasileira“, assinado por Daniela Bueno e publicado na Gazeta do Povo de 17/09/2008. A autora conta que seu perfil e todos os comentários por ela postados no Orkut foram excluídos do site de relacionamento por ordem da Justiça Eleitoral, sob o pretexto de ela estar fazendo

Ditadura à vista?

Responda rápido: você gostaria de viver num país cujo governo seguisse uma linda religiosa fundamentalista? Responda mais rápido ainda: o que você faria se isso acontecesse no Brasil? Pois é. Informações publicadas recentemente na imprensa dão conta de que Edir Macedo, o milionário todo-poderoso da Igreja Universal do Reino de Deus, lançou um livro intitulado “Plano de Poder”, no qual estimularia os fiéis da igreja a participarem da política. O

"Bric-a-braque"

A sigla Bric indica um grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia e China – nações emergentes de grande extensão territorial, populosas e com grande potencial econômico. Pois a Gazeta do Povo (Curitiba-PR) publicou um texto (créditado à Agência Estado) com o título “Brics querem influir em políticas globais“. Huuummm…. Não existe “Brics”. Ou se diz “Bric querem…”, concordando o verbo com os nomes dos países abreviados, ou, melhor

Morreu Diaféria

Morreu hoje o jornalista Lourenço Diaféria, que foi cronista da Folha de S. Paulo. Fiquei triste. Diaféria possibilitou-me o primeiro contato com as arbitrariedades da ditadura. Explico… Minha cidadezinha natal, Cambará, na década de 60, tinha um sistema de vida muito ligado à vida rural e uma predominante mentalidade conservadora típica dos proprietários de terras. Meu pai era eleitor da Arena e assinante do Estadão. Eu vivia na alienação típica