No ano passado, aula de Filosofia no 1º ano do Ensino Médio no Bom Jesus. O material didático é muito bom. O capítulo sobre o trabalho incita o espírito crítico dos alunos. Terminado o estudo do capítulo, a professora propõe um exercício: escrever um texto escolhendo uma das duas visões: “O trabalho dignifica o homem” ou “O trabalho escraviza o homem”. O texto do meu filho:
Em teoria, o trabalho seria a materialização da criatividade, combinada com as necessidades, do homem. Com o sacrifício, viria a recompensa, em forma de algo pessoal e satisfatório.
Não é bem assim. A partir do momento em que a força de trabalho se tornou o único bem em troca da subexistência, trabalho virou prisão.
A possibilidade de idealizar algo, a satisfação de concluir um projeto, não existem mais. Trabalhamos para viver, vivemos para trabalhar. E não nos identificamos com as nossas obras pois são, na verdade, de outros.
Tentando trespassar tal concepção, muitos interessados quiseram fazer a cabeça (na prática, as mãos e pernas) dos trabalhadores: é um bem árduo, uma provação divina para “fortalecer o espírito”.
O único “espírito” a ser fortyalecido é o espírito crítico. Estamos alienados, nossas escolhas já não são feitas por nós. Entretanto, nunca nos damos conta de nossa condição, apenas sobrevivemos, incessantemente, com a esperança de liberdade.
Não é bem assim. A partir do momento em que a força de trabalho se tornou o único bem em troca da subexistência, trabalho virou prisão.
A possibilidade de idealizar algo, a satisfação de concluir um projeto, não existem mais. Trabalhamos para viver, vivemos para trabalhar. E não nos identificamos com as nossas obras pois são, na verdade, de outros.
Tentando trespassar tal concepção, muitos interessados quiseram fazer a cabeça (na prática, as mãos e pernas) dos trabalhadores: é um bem árduo, uma provação divina para “fortalecer o espírito”.
O único “espírito” a ser fortyalecido é o espírito crítico. Estamos alienados, nossas escolhas já não são feitas por nós. Entretanto, nunca nos damos conta de nossa condição, apenas sobrevivemos, incessantemente, com a esperança de liberdade.