Não estou entre aqueles que acreditam no fim do impresso. Nenhum veículo novo acabou com seus antecessores, sempre houve uma adaptação. Os jornais impressos diários terão que encontrar o caminho para sobreviverem, e encontrarão. Precisam adaptar-se, porque vêm perdendo terreno para os veículos eletrônicos. Um sintoma é a sensação cada vez maior de que o jornal já nasce velho.
Na tarde de ontem, sábado, a Gazeta do Povo de domingo estava à venda nas ruas. Sempre que um jornaleiro me oferece numa esquina o jornal do dia seguinte, tenho vontade de perguntar se a edição já tem o resultado do jogo do Atlético (ontem, o jogo seria às 18h30min, e o jornal estava nas ruas bem antes). Claro que não faço isso, porque o pobre do jornaleiro não tem nada a ver com o problema do jornal.
Bem, hoje de manhã (domingo), peguei o jornal e, na página de esportes, fui conferir qual tinha sido o resultado do jogo do Paraná contra o ABC. A capa do caderno de esportes tinha uma chamada: “Na internet – Veja como foi ABC x Paraná, a partida em que Roberto Cavalo defendia sua invencibilidade como visitante”. O jornal pressupõe que o leitor seja internauta – então, por que ler o jornal?
Fico insatisfeito, mas compreendo. Noutros tempos, um jornalista ficava de plantão apenas para preencher o espaço previamente destinado ao relato do jogo noturno. Claro que isso atrasa a impressão, exigindo funcionários na gráfica até mais tarde, e provavelmente a equação financeira resulta na conveniência maior de não colocar a matéria. Antigamente, como o jornal impresso era a principal fonte de informação do leitor, valia a pena. Hoje, provavelmente não, e o jornal remete o leitor à versão eletrônica. Enfim, são as condições dos novos tempos…
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Eu acho que o jornal impresso tende a desaparecer.
Muitos diários oficiais já são publicados somente na modalidade eletrônica, o judiciários está se informatizando e a tendência é que os processos sejam virtuais etc.
Papel ocupa muito espaço e gera uma quantidade imensa de lixo.
Por ser difícil ler na tela do computador textos muitos longos, acredito que a tendência é que surja um suporte para textos eletrônicos que permita uma leitura mais agradável e menos cansativa para os olhos
O papel, na minha opinião, tem seus dias contados.
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Espero que isto nunca aconteça!
Gosto de sentir a intimidade dos pápéis, de pegar em uma revista. Assino uma revista que traz também conteúdos em seu site. Apesar de ter acesso fácil à internet, nunca leio estes conteúdos e acho um desaforo assinar a revista e ainda ter que ler textos contidos em outra fonte. Quero poder levar a revista e TODO O SEU CONTEÚDO para onde eu quiser: na sala de espera de um consultório, no quintal de casa, no ônibus,…
Noara