Algumas lições a partir de textos da Gazeta do Povo desta semana

1) “O STF deve lembrar de Adauto Lúcio Cardoso”
O verbo “lembrar” é transitivo direto. O verbo “lembrar-se” é transitivo indireto.
Portanto, a frase correta deveria ter “… lembrar Adauto …” ou “… lembrar-se de Adauto …”
2) “Gustavo Fruet disse […] que ‘não se auditou 5%dos dados que chegaram à CPI’.”
Erro de concordância. O correto: “… não se auditaram 5% dos dados …”
3) “… Benjamin corta uma mexa do cabelo do religioso …”
Erro de ortografia: “mecha do cabelo” é o correto.
4) “Essas emendas, além de garantir maior contrapartida …”
A flexão do infinitivo é dos temas mais complexos da língua portuguesa. Mas, neste caso, precisam concordar com o sujeito: garantirem.
5) “Por fim, o que lhe motiva a participar de uma corrida como as 500 milhas de kart”
Este erro de regência está se tornando tão comum que logo deve ser “incorporado” ao padrão da língua, tornando norma o que o uso vem consagrando. O correto seria “… o que o motiva …”.
6) “A crença de que a localização da cidade pode protegê-la do apocalipse fez as vendas de terrenos explodir este ano.”
Mesma questão do item 4: o infinitivo deve ser flexionado para concordar com o sujeito: “… fez as vendas de terrenos explodirem …”
Além disso, deve-se escrever “neste ano” e não “este ano”. A preposição é obrigatória e, mesmo que não fosse, seria necessária para evitar a ambiguidade (foram as vendas que explodiram, não o ano).

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