Jornalismo

Mais considerações sobre Língua Portuguesa

Mais algumas considerações sobre Língua Portuguesa a partir do nosso instrumento diário, a Gazeta do Povo.Já escrevi aqui que a flexão do infinitivo é tema dos mais complexos da nossa língua – mas ele deve, em regra, ser flexionado para concordar com o sujeito.Vejamos a chamada na capa da Gazeta para o artigo de Carlos Ramalhete: “Multidões de analfabetos funcionais lotam os bancos universitários e ganham seus canudos sem nunca

O "plantão de domingo" no jornal...

Ser jornalista é muito bom. É uma profissão bacana. Mas tem suas agruras. Uma delas é o plantão em domingos e feriados: jornalista caçando notícias em época em que as importantes são raras, enquanto todo mundo descansa ou se diverte. Imagine então plantão de domingo antevéspera de Natal! Um horror!Quem foi escalado para ficar o domingo no jornal, sei disso, quer mais é fechar tudo logo e ir para casa. Fica

Algumas lições a partir de textos da Gazeta do Povo desta semana

1) “O STF deve lembrar de Adauto Lúcio Cardoso” O verbo “lembrar” é transitivo direto. O verbo “lembrar-se” é transitivo indireto. Portanto, a frase correta deveria ter “… lembrar Adauto …” ou “… lembrar-se de Adauto …” 2) “Gustavo Fruet disse […] que ‘não se auditou 5%dos dados que chegaram à CPI’.” Erro de concordância. O correto: “… não se auditaram 5% dos dados …” 3) “… Benjamin corta uma

Lições a partir da Gazeta do Povo (esportiva) de hoje

1) “ONDE” só deve ser usado quando se referir a um LUGAR. Cansei de ver esse erro, tanto que já estou quase desistindo… A língua é dinâmica, não é? E já estão mudando o sentido de “onde”. Enfim, vou resistir enquanto puder. A frase da Gazeta: “Os 2 melhores de cada chave foram para as semifinais, de onde Bairro Alto e Iguaçu saíram vitoriosos”. O correto seria: “Os dois [por

Deslizes jornalísticos...

Mais alguns deslizes extraídos da nossa querida Gazeta do Povo. Caso 1 Quando um jornalista entrevista alguém que faz referência a uma data que pode não ser compreendida adequadamente pelo leitor de um jornal impresso (que será publicado no dia seguinte – o jornal impresso só tem notícias “velhas”), costuma esclarecer entre colchetes a que dia o entrevistado se referiu.Por exemplo: o jornalista entrevista o técnico do Corinthians na véspera

Apontamentos sobre redação jornalística

Aproveitando a Gazeta de ontem para uma aulinha de Redação Jornalística/Língua Portuguesa:1) Observemos a frase: “…desabafa o atleta, que trocou de academia, de treinador e agora é responsável pela própria carreira.” Tenho visto com frequência esse tipo de construção, no qual falta um “e”. Não sei por que, parece que muita gente acha errado colocar mais de um “e” numa frase. Nesse caso, o “e”  está faltando. São duas orações

Sonegar/alterar informação é falta de ética

A CBN, para minha decepção, aderiu ao mercenarismo da Globo, que boicota os times de vôlei brasileiros de ponta. A Globo (e agora a CBN) não chama os times pelos seus nomes, mas pelos nomes das cidades-sede. Ontem, o jogo entre Unilever e Amil se transformou em “Rio x Campinas”. No dia em que uma cidade tiver dois times, vão chamá-los como? Pelo nome do bairro? Um nojo, dá vontade

Mancadas no rádio

Rádio, ê rádio… Algumas “impropriedades” que ouvi no rádio nesta semana: 1) Na Bandnews, do repórter que cobre a F1, a partir de Interlagos – ele explicava que o som não chega no local onde ele estava porque era “isolado sonoricamente”. 2) Na Transamérica: “Chegada de reforços no meio da competição foram os fatores determintes para a recuperação do time”. 3) Idem: “Elias, ao lado de outros reforços, ajudaram….” 4)

Erros na Gazeta do Povo

Algumas frases ” a melhorar”, extraídas da Gazeta do Povo de quinta-feira. 1) “Como que você avalia o Atlético?” – o “que” está sobrando… 2) “Das cinco equipes que brigaram de fato pelo acesso, qual que pode servir de exemplo para o Paraná em 2013?” – de novo, na mesma entrevista, um “que” perdido na frase. 3) “Após seis dias de tentativas, o grupo rebelde M23 tomou ontem a cidade

Jornalista precisa "ouvir a outra parte"!

Todo e qualquer jornalista com um mínimo de formação sabe que é preceito básico, fundamental, no jornalismo “ouvir a outra parte”. Não se faz uma matéria jornalística sem ouvir todas as partes envolvidas, certo? Pois bem, para meu espanto, tenho visto páginas inteiras na Gazeta do Povo, principal jornal do Paraná, em que a outra parte não é ouvida… No dia 1º de outubro, a Gazeta publicou reportagem de página inteira