Algumas lições a partir de textos da Gazeta do Povo desta semana

1) “O STF deve lembrar de Adauto Lúcio Cardoso” O verbo “lembrar” é transitivo direto. O verbo “lembrar-se” é transitivo indireto. Portanto, a frase correta deveria ter “… lembrar Adauto …” ou “… lembrar-se de Adauto …” 2) “Gustavo Fruet disse […] que ‘não se auditou 5%dos dados que chegaram à CPI’.” Erro de concordância. O correto: “… não se auditaram 5% dos dados …” 3) “… Benjamin corta uma

Lições a partir da Gazeta do Povo (esportiva) de hoje

1) “ONDE” só deve ser usado quando se referir a um LUGAR. Cansei de ver esse erro, tanto que já estou quase desistindo… A língua é dinâmica, não é? E já estão mudando o sentido de “onde”. Enfim, vou resistir enquanto puder. A frase da Gazeta: “Os 2 melhores de cada chave foram para as semifinais, de onde Bairro Alto e Iguaçu saíram vitoriosos”. O correto seria: “Os dois [por

Deslizes jornalísticos...

Mais alguns deslizes extraídos da nossa querida Gazeta do Povo. Caso 1 Quando um jornalista entrevista alguém que faz referência a uma data que pode não ser compreendida adequadamente pelo leitor de um jornal impresso (que será publicado no dia seguinte – o jornal impresso só tem notícias “velhas”), costuma esclarecer entre colchetes a que dia o entrevistado se referiu.Por exemplo: o jornalista entrevista o técnico do Corinthians na véspera

Apontamentos sobre redação jornalística

Aproveitando a Gazeta de ontem para uma aulinha de Redação Jornalística/Língua Portuguesa:1) Observemos a frase: “…desabafa o atleta, que trocou de academia, de treinador e agora é responsável pela própria carreira.” Tenho visto com frequência esse tipo de construção, no qual falta um “e”. Não sei por que, parece que muita gente acha errado colocar mais de um “e” numa frase. Nesse caso, o “e”  está faltando. São duas orações

Resultado do Portugal Telecom

Saiu ontem o resultado do Prêmio Portugal Telecom. Dalton Trevisan foi premiado na categoria conto com “O anão e a ninfeta”. Não gostei. Não por que não aprecie a obra do vampiro, embora ache que alguns livros dele só se baseiam no nome (“Pico na veia”, p. ex., achei patético). Não li o livro premiado. Será que não é “mais do mesmo”? Mas não gostei da premiação porque estava torcendo

Sonegar/alterar informação é falta de ética

A CBN, para minha decepção, aderiu ao mercenarismo da Globo, que boicota os times de vôlei brasileiros de ponta. A Globo (e agora a CBN) não chama os times pelos seus nomes, mas pelos nomes das cidades-sede. Ontem, o jogo entre Unilever e Amil se transformou em “Rio x Campinas”. No dia em que uma cidade tiver dois times, vão chamá-los como? Pelo nome do bairro? Um nojo, dá vontade

Mancadas no rádio

Rádio, ê rádio… Algumas “impropriedades” que ouvi no rádio nesta semana: 1) Na Bandnews, do repórter que cobre a F1, a partir de Interlagos – ele explicava que o som não chega no local onde ele estava porque era “isolado sonoricamente”. 2) Na Transamérica: “Chegada de reforços no meio da competição foram os fatores determintes para a recuperação do time”. 3) Idem: “Elias, ao lado de outros reforços, ajudaram….” 4)

A falta do "cujo"...

Que falta faz o “cujo”! Fico triste com o assassinato do “cujo”…Veja, por exemplo, esta frase na Gazeta 24/11: “Ele […] é um atleta que nós sabemos do potencial…”Não ficaria MUITO melhor com o cujo? Assim: “Ele é um atleta cujo potencial nós conhecemos”…

Dica de filme

Dica para o fim de semana: veja o filme francês “E se vivêssemos todos juntos?” Bom cinema “das antigas”: bons atores, uma boa história, nenhuma explosão nem “efeitos especiais”. Uma história sobre amizade, amor, fidelidade, velhice… Comovente.

Erros na Gazeta do Povo

Algumas frases ” a melhorar”, extraídas da Gazeta do Povo de quinta-feira. 1) “Como que você avalia o Atlético?” – o “que” está sobrando… 2) “Das cinco equipes que brigaram de fato pelo acesso, qual que pode servir de exemplo para o Paraná em 2013?” – de novo, na mesma entrevista, um “que” perdido na frase. 3) “Após seis dias de tentativas, o grupo rebelde M23 tomou ontem a cidade