Qual o papel da arte? É uma questão complicada, discutível e discutida. De qualquer modo, pode-se dizer que a arte existe para proporcionar prazer estético, fazer refletir, questionar, incomodar, emocionar… A sétima arte, o cinema, faz tudo isso.
Vou ao cinema com frequência. Quando posso, até três ou quatro vezes numa semana. E cheguei a ver três ou quatro filmes no mesmo dia. Mas não sou nenhum especialista em cinema, apenas um cinéfilo. O que procuro na sala escura do cinema? Arte e suas sensações. Gosto do filme que emociona, do filme que faz pensar. Mas também daqueles que simplesmente agradam aos sentidos, os que enchem olhos e ouvidos.
Ir ao cinema possibilita a imersão na arte. A sala escura, o som envolvente, a tela grande, tudo isso permite ao espectador mergulhar na história e deixar-se tocar por ela. Vou ao cinema sem prevenções, deixo-me levar pelo filme. E não reclamo quando o filme é ruim – para mim, mesmo ver um filme ruim é bom, pois ajuda a aguçar o senso crítico, a questionar as razões que fazem uma obra de arte ser melhor ou pior. Já vi filmes com histórias medíocres ou ruins, mas fotografia ou música exuberante, assim como filmes tecnicamente falhos com histórias maravilhosas. Como arte que reúne, de algum modo, várias outras (literatura, música, teatro, artes visuais…), um filme pode proporcionar diferentes prazeres e emoções.
Por isso, como professor de Jornalismo, sempre recomendo a meus alunos: vão ao cinema! Por mais “comercial” que possa ser o cinema, ainda assim, é instrumento para se pensar sobre o papel da arte no mundo contemporâneo. Também busco outras artes, ouço música, frequento museus, leio rotineiramente. Mas não considero o cinema menos relevante como arte. E o mundo precisa de arte. Até a próxima edição!!!