BOMBA! FURO! DOIS PAPAS NOS TELHADOS DO VATICANO!

Deve ser um sacrifício pelo bem da Igreja. O futuro “papa emérito” Bento XVI e seu sucessor viverão nos telhados do Vaticano. Sofrerão ao desabrigo, com a chuva, o frio, a neve…

É o que posso deduzir da notícia da Agência O Globo reproduzida ontem na mídia brasileira.
Textualmente: Pela primeira vez em 600 anos, a Igreja Católica vai se encontrar na situação inusitada de ter duas pessoas com o título de “Sua Santidade” – o atual e o que ainda será eleito – convivendo SOBRE O MESMO TETO, o Vaticano.
Ou será que devo deduzir que um repórter de uma das maiores agências de notícias do Brasil não sabe a diferença entre SOBRE e SOB?
Aliás, vale reparar também a redundância: “Pela primeira vez… situação inusitada…”
Ademais, “Sua Santidade” não é um título, mas uma forma de tratamento.
Outras “pérolas” dessa incrível matéria:
“Neste momento, INICIA o período chamado pelo Vaticano de Sé Vacante – aquele ONDE a Igreja Católica não tem um chefe de Estado, e todas as decisões importantes são suspensas.”
Primeiro, o verbo destacado deve ser pronominal: INICIA-SE.
Depois (mais grave), “período” refere-se a TEMPO e não a LUGAR. Portanto, o pronome adequado é QUANDO e não ONDE.
E mais um problema de conteúdo: “a Igreja Católica não tem um chefe de Estado”… Não tem mesmo, pois quem tem um chefe de Estado é o Vaticano, não a Igreja Católica. A Igreja tem um papa. O papa é o chefe de estado do Vaticano, mas não é o “chefe de Estado da Igreja Católica”.
Aproveitando: “sé vacante” nada mais significa, em bom português, que “cadeira vazia”.

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