Durante a epidemia de influenza que grassou no país em 1918, as autoridades municipais de Curitiba determinaram o fechamento de todas as casas de espetáculos e proibiram aglomerações, inclusive o acompanhamento dos enterros.
Agora, no século 21, nossas “autoridades” estão permitindo a desinformação e o caos. Enquanto diversas escolas particulares adiaram o início das aulas do segundo semestre, e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo determinou a volta às aulas apenas no dia 17 de agosto, o secretário de Saúde do Paraná criticou as instituições curitibanas pela atitude “precipitada”, e várias vozes classificaram o adiamento de inútil e inócuo. Ora, se nem as autoridades da saúde se entendem, como o cidadão pode ter uma orientação segura?
Em Curitiba, foram confirmadas, até hoje, três mortes causadas pela gripe A, todas de homens adultos. Apesar disso, enquanto escolas de ensino fundamental e médio suspenderam a volta às aulas, as faculdades estão funcionando normalmente. E os cinemas estão superlotados com crianças aproveitando as “férias prolongadas”! Uma total incoerência!
Os órgãos públicos continuam funcionando, inclusive com enormes aglomerações de pessoas que ficam horas aguardando atendimento em ambientes fechados – por exemplo, cerca de uma centena de pessoas que se reunem diariamente nos Juizados Especiais de Curitiba, num saguão sem janelas!
É incrível e inaceitável a passividade e a falta de unidade que atinge as autoridades de saúde no país. Sempre acreditei que o fim da humanidade será o extermínio por uma epidemia, e a atual é uma boa amostra. Basta imaginar um vírus de alta letalidade espalhando-se com a facilidade dessa gripe…
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Tomàs, acho que os brasileiros estão fazendo uma tempestadde num copo d'áqua. A "gripe comum", esta que ninguém comenta, mata milhares de pessoas todos os anos. Por que toda esta paranoia com esta nova gripe?
E, como vc disse, não adianta não ir para a escola, que pelo menos dá para abrir as janelas, e ir ao cinema, onde tudo é fechado e sempre tem alguém tossindo atrás de vc.
Será que se todos continuassem com a sua vida normal não seria melhor?
Noara