Tomás Barreiros

Meia-entrada para professores

Meia-entrada para professores em eventos culturais? Não consigo entender. Se é obrigação do Estado garantir o acesso do povo à cultura, então que garanta. Mas, num estado capitalista, obrigar estabelecimentos particulares a darem descontos significa fazer com que os não-beneficiários paguem pelos beneficiados. Num regime socialista, tudo bem, é papel do Estado. Mas num país em que umas categorias pagam e outras não, parece um privilégio injustificável. Meia-entrada para quem

Responsabilidade Social

Em Bogotá, conheci uma lanchonete-restaurante chamada Crepes & Wafles (presente em muitos shoppings). Segundo me informaram, todas as funcionárias são mães solteiras – a política da empresa é só contratar mulheres com filho e sem marido. Um bom exemplo.

Bogotá

Estive por duas semanas em Bogotá. A violência na capital colombiana não aparece para o turista. Numa cidade grande, com quase oito milhões de habitantes, o problema maior para o visitante, aparentemente, é o trânsito, congestionado em determinados horários e vias, exatamente igual a tantas cidades brasileiras. Guerrilha? Narcotráfico? No dia-a-dia de um bogotano, esses temas aparecem muito mais na televisão, nos jornais, nas livrarias. De resto, é preciso correr

Tenho nojo do Palladium

Na Universidad de la Sabana, na cidade de Chía, vizinha de Bogotá, Colômbia, onde estou, procurei na internet notícias do Brasil e vi no UOL matéria com o título “Shopping de Curitiba barra jovens da periferia“. Eu já havia visitado o Palladium, e não gostei: um shopping inaugurado às pressas, em obras, com problemas de segurança, piso quebrado, banheiros insuficientes, sujos, sem papel – um desrespeito ao consumidor. Agora, diante

Colômbia

Estive ausente por uns dias devido a uma viagem Bogotá. Na verdade, ainda estou na Colômbia, onde ficarei até o dia 07/06.Depois postarei notícias…

Lição da rua

Há muitos anos, quando era repórter de um jornal diário, levei um “fora” da namorada. Naturalmente, fiquei arrasado. Confesso que não tanto pelo amor alheio recusado, mas muito mais pelo amor-próprio ferido – afinal, estávamos no começo do relacionamento, naquela fase de esperanças mais que de grandes afetos. De qualquer modo, fiquei mesmo down, como se costuma dizer hoje (em idos tempos, a pessoa “ficava na fossa”). Fui trabalhar. No

Lição da rua

Há muitos anos, quando era repórter de um jornal diário, levei um “fora” da namorada. Naturalmente, fiquei arrasado. Confesso que não tanto pelo amor alheio recusado, mas muito mais pelo amor-próprio ferido – afinal, estávamos no começo do relacionamento, naquela fase de esperanças mais que de grandes afetos. De qualquer modo, fiquei mesmo down, como se costuma dizer hoje (em idos tempos, a pessoa “ficava na fossa”). Fui trabalhar. No

Por falar nisso... "jornalite" ou "opinionismo"

“Jornalite” = jornalismo + palpite. “Opinionismo” = opinião barata disfarçada de jornalismo. Inventei esses termos para designar uma mania dolorosa de alguns jornalistas e veículos que disfarçam com cara de jornalismo palpites e opiniões infundadas. Claro que existe o jornalismo opiniativo, mas este supõe, primeiro, que a manifestação de opinião seja explícita para o receptor e, em segundo lugar, que a opinião seja fundamentada em argumentação consistente e em conhecimento

Agruras do rádio ao vivo...

Dia 25 de abril de 2008, por volta das 17h45min, rádio BandNews FM. Boris Casoy fala da epidemia de dengue no Rio de Janeiro e tenta comentar as mortes por dengue hemorrágica. Lembra que é acometido dessa modalidade da doença quem pega dengue pela segunda vez. Quer ressaltar o “azar” de quem é vitimado pela dengue hemorrágica e diz que isso é …”uma fatalidade fatal que muitas vezes pode levar

Ética jornalística?

Recebi um exemplar gratuito de uma tal “Revista da Semana”. Enquanto os professores lutam contra a invasão do plágio nas produções escolares, da pré-escola à pós-graduação, a Editora Abril mostra que dá, sim, para ganhar dinheiro roubando trabalho alheio sem ser incomodado. A tal revistinha é toda “chupada” – não tem uma matéria própria assinada por jornalista, só textos retirados de agências (supõe-se que pelos menos esses serviços sejam pagos