Jornalismo

LIÇÃO BÁSICA DE JORNALISMO

Senhores jornalistas, atenção e muito cuidado para não cometerem um erro grave, mas, infelizmente, comum: assumir a fala da fonte como verdade e transformar o discurso da fonte no discurso do veículo. Um exemplo pode ser visto no título de uma matéria na Gazeta do Povo de hoje: “Mano ignora sombra de Scolari” (Esportiva, p. 4). Na verdade, Mano diz que ignora. Mas será que o jornal deve assumir isso

Mais erros...

Mais erros crassos correndo em sites informativos de peso… Veja o título: “Jornalista morta na estreia de Batman sobreviveu à tiroteio em Toronto”. Primeiro, o erro de crase (qual a dificuldade que tantas pessoas encontram no uso da crase? Não consigo entender…). Depois, o uso do tempo verbal inadequado, que deixa a frase risível (como a morta pode sobreviver?). O tempo correto de “sobreviver” é o “passado antes de outro

Falha na capa da Gazeta do Povo

Capa da Gazeta de ontem (04/06/12): “Rogerio Galindo fala das dificuldades dos brasileiros distinguir entre o público e o privado”. A coluna é ótima, como sempre são as do Rogério (um dos melhores colunistas da GP). Mas quem fez a chamada escorregou no português. Deveria ser: “…dificuldades de os brasileiros distinguirem…”

Cuidado com a informação

Página de esportes da Gazeta do Povo de hoje. Matéria: “Invicto às avessas, Lopes encara desafio pessoal no Rio” (o título da versão on-line é um pouco diferente). Legenda da foto enorme, em quatro colunas, que abre a matéria: “Antônio Lopes orienta o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira: por falta de opções, jogador será deslocado para o meio de campo, no lugar do suspenso Cléber Santana”. Trecho da matéria: “O volante Renan

Caça-erros

Vamos fazer um joguinho de “caça-erros”? O texto abaixo foi publicado em um dos blogs do UOL. Contém pelo menos meia dúzia de “erros de português” ou de digitação. Você consegue indicar quantos e quais são? É esse o jornalismo em que mais vale escrever antes do que escrever bem… Carlos Alberto e Ricardinho tiveram influência decisiva na saída de Jóbson do Bahia. Líderes do time baiano, os dois jogadores

Foto da tribo “isolada”

Diversos veículos reproduziram uma fotografia da AFP (clique aqui para vê-la), divulgada como sendo de uma tribo de índios isolados na fronteira do Brasil com o Peru. Aparecem na foto cinco índios olhando para o alto, um deles apontando o avião de onde foi tirada a foto. Olhando-se a fotografia, percebe-se que a criança no centro tem em mãos um enorme facão. Bem, talvez uma tribo “isolada” não seja exatamente

“Dossiê  Battisti”: o erro fatal

A Gazeta do Povo encerrou a série de reportagens do “Dossiê Battisti” escritas na Itália. E na edição de 23 de janeiro ficam desvelados os erros da publicação no ponto de partida. O texto “A ‘culpa’ dos franceses” indica o que está na cabeça da repórter: existe um “lado certo” e um “lado errado”, e Battisti está do lado errado. Quem define qual o lado “certo” e qual o “errado”?

Tudo é novidade?

Nas escolas de Jornalismo, os estudantes aprendem que uma matéria ou reportagem precisa ter um “gancho”. No jargão jornalístico, “gancho” é aquilo que justifica a publicação de uma matéria, a oportunidade de publicá-la. Fala-se em “gancho” no jornalismo diário. Qual o sentido, por exemplo, de se publicar num diário uma matéria sobre a história da cerveja? Pode ser uma matéria interessante, bem escrita, mas para o leitor de um jornal

Jornalistas precisam escrever corretamente

Não sou um “purista” da língua, nem um “caçador de erros”. Mas acredito que os jornalistas precisam, por dever de ofício, conhecer bem as regras do português formal. E escrever dentro dessas regras, o que indica domínio do idioma pátrio, qualidade essencial para um bom jornalista. Por isso, não me agrada encontrar “erros” nas matérias jornalísticas, especialmente aqueles que se repetem e os que indicam o empobrecimento da língua. Já

Jornal endossa intenção da Prefeitura como fato

De novo, a Gazeta do Povo apresentou um título em que a intenção dos governantes é tomada como fato. Foi ontem, na matéria: “Em Curitiba, ocupações cairão 86% em 5 anos”. O título é palavra do jornal e afirma taxativamente que as ocupações cairão drástica e rapidamente. O texto da matéria, entretanto, informa: “Em cinco anos, o número de pessoas vivendo em áreas de risco em Curitiba deverá ter uma