Vida

Por que amo alguém?

Quando amo uma pessoa, não a amo por achá-la perfeita. Nem porque ela é agradável para mim ou porque gosta das mesmas coisas que eu, ou por se parecer comigo ou pensar igual a mim. Amo porque acho amável. Amo porque acredito que ela merece meu amor. E merece quer goste de mim ou não, aprecie as mesmas coisas que eu ou não, se pareça comigo ou não. É até

SER PAI

Neste domingo, admirava meu filho. Vi seus dedos ágeis e rápidos tocando ao piano uma música difícil que nunca ousei tentar. Contemplei seu desenho mais recente, que eu jamais seria capaz de fazer. Lembrei-me de suas frases de efeito, tão bem humoradas. De sua incrível habilidade no computador, digitando em inglês com os dez dedos sem nunca ter feito um “curso de datilografia”…. Comovi-me ao rememorar tantas atitudes suas que

Foto trocada

Troquei de foto. Pus uma atual. Entre a antiga e esta, vários anos a mais, algumas rugas, menos cabelos (e agora com duas cores), muitos desejos alcançados, sonhos realizados, grandes alegrias, algumas tristezas, enormes mudanças. Continua a mesma sede de fazer muito mais, experimentar sempre e nunca morrer enquanto estiver vivo – sim, pois há gente que morre antes de fechar os olhos pela última vez.

Etnocentrismo?

CORTES DE CABELOO Ministério da Cultura do Irã divulgou um manual de cabeleireiros com os modelos de cortes masculinos autorizados pelo governo. O que dizer de um sistema em que as pessoas não têm liberdade sequer para optar pelo próprio corte de cabelo? APEDREJAMENTOA iraniana Sakineh Mohammadie Ashtiani foi condenada a ser apedrejada até a morte pelas autoridades do Irã. Cometeu o crime de adultério, confessado depois de receber 99

O que você observa primeiro numa mulher?

Falando em “tiradas” interessantes, lembrei-me de outra muito boa. O autor é o escritor, advogado, agricultor etc. (e meu irmão, o mais importante) Eriel Barreiros. À clássica pergunta “Que parte do corpo de uma mulher voce olha primeiro”, sua resposta: “A mão esquerda”…

“Tiradas” do meu filho

Meu filho de 13 anos às vezes me surpreende com suas “tiradas”. Dia desses, estávamos voltando para casa à noite e passamos perto da praça Ouvidor Pardinho, onde muitos travestis fazem ponto. Comentávamos como havia alguns muito femininos e realmente bonitos. Minha mulher perguntou-lhe se os achava bonitos. Ele saiu-se com esta: “Sim. São como frutas de plástico – bonitas, mas não dão vontade de comer”. Em outra ocasião, ele

O ridículo moralismo estadunidense

Uma família de New Jersey achou uma atividade interessante para fazer no gelado inverno estadunidense: esculpiu em gelo uma réplica da Vênus de Milo. Pois um vizinho denunciou a “escandalosa” nudez da estátua, e a polícia obrigou a família a cobrir as partes pudendas da escultura. Absolutamente ridículo. A “moralidade” de muitos estadunidenses (extremamente “conservadores”) parece doença mental – mas é pior, é uma doença moral… A notícia foi distribuída

Os crimes da escola

Estou de volta! Depois das férias, espero atualizar mais frequentemente o blog. Para recomeçar, um tema de minha preocupação permanente: o papel da escola como elemento de controle social (uma “aparelho ideológico do Estado”, no dizer de Althusser). A escola, como geralmente tem sido, é uma instituição criminosa, feita para embotar as mentes. Mais adiante, colocarei outras reflexões sobre o tema. Por ora, reproduzo abaixo um texto bem difundido, de

Luto por Zilda Arns

Interrompo minhas férias “blogais” para lamentar profundamente a morte de uma das maiores personalidades que o Brasil já teve, Zilda Arns, criadora da Pastoral da Criança. Indicada merecidamente ao Prêmio Nobel da Paz por três vezes (e mais justo seria que ela tivesse recebido o prêmio, e não o presidente que faz guerra), sua atuação foi responsável por salvar a vida de milhões de crianças em diversos países. Zilda foi

Sobre viver e morrer

No mês passado, recebi a inesperada notícia de uma morte precoce na família. A morte de uma prima que esteve muito presente na minha infância. Nossas famílias eram muito próximas e parecidas: pai, mãe e quatro filhos. No caso dela, quatro filhas; na minha família, três meninos e uma menina. Nos encontrávamos todo final de semana, brincávamos juntos. Foi de repente, um câncer fulminante, que a levou em menos de